É com elevado sentido de responsabilidade e missão que assumo a presidência da Associação BRP. Estou, juntamente com a restante Direção, empenhado em ampliar a influência e o impacto das nossas propostas e iniciativas na sociedade e no país, de formar a concretizar a ambição de crescimento que reclamamos para Portugal.
Depois de 40 anos enfocados no desenvolvimento do ensino académico, hoje o número de portugueses que termina o ensino obrigatório e segue para o ensino superior já compara bem com os países europeus. Mas se quase metade dos jovens que terminam o ensino obrigatório seguem para o ensino superior, a outra metade precisa de ter qualificações que lhes permitam ter uma vida realizada, pessoal e profissionalmente. O Ensino Profissional tem aqui um papel fundamental que é preciso reconstruir.
A falta de profissionais tecnicamente qualificados representa um entrave ao desenvolvimento e competitividade das empresas, podendo a curto-médio prazo comprometer o crescimento do país. A aposta no ensino profissional, mais especializado, é uma das chaves para responder a este problema. No entanto, o estigma criado a partir da perceção pública negativa que existe relativamente a esta via de ensino, o desajuste entre a oferta e a procura e a fragmentação da oferta são entraves que têm condicionado o seu crescimento.
Mas a expetativa é que a procura por este tipo de profissionais continue a aumentar nos próximos anos. É, pois, fundamental apostar na modernização e transformação do ensino profissional em Portugal, começando por melhorar a articulação das escolas com o mundo empresarial.
Com o intuito de contribuir para a criação de um ensino profissional alicerçado numa pedagogia de excelência, com pendor prático e digital, acessível a todos os jovens e que potencie a valorização pessoal e profissional dos seus alunos e responda às necessidades do país, a Associação BRP identificou um conjunto de iniciativas concretas, organizadas em cinco pilares:
Em cada um destes pilares foram identificadas iniciativas nas quais as empresas podem fazer a diferença, estando atualmente três a ser priorizadas e aprofundadas pelos Grupos de Trabalho.